sábado, 4 de agosto de 2012

As linhas não podiam mudar

De repente nos vemos em uma tarde, com pôr do sol, lembrando dos tempos em que era bom caminhar com os velhos amigos, escutando a canção do momento, em meio a tantos carros que seguiam seus rumos, enquanto procurávamos ainda o nosso, porque o caminho que queríamos não era real. Havia vento no peito, risadas e a seríamos capazes de viver assim, na simplicidade de uma vida tranquila, sem se preocupar com amanhã.
Entretanto esse "amanhã" chegou. Uns amigos ficaram, outros não. Uns fizeram família, outros não. E as coisas começaram a ser vistas de outra forma. O pão agora é comprado com nosso suor. Os filhos precisam da gente e o que fizemos de errado? Será que pegamos o trem certo ou errado? Não sei. Mas sei que aquele tempo em que tentávamos nos equilibrar no meio fio da rua era bem mais gostoso que se equilibrar financeiramente, pois há muitas contas a pagar.
Não há razão pra reclamarmos. Tínhamos opções, tínhamos dircenimento das coisas. Hoje, estamos com mais de duas décadas nas costas. Temos a internet pra podermos procurar as músicas que tanto nos marcaram.
Nostalgia? Saudade? Quem sabe. A certeza é que temos que pensar no amanhã. E isso dá medo. Medo de me perder em mim mesmo.

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